O SNPL reuniu ontem com o Ministro da Educação, para discutir a proposta apresentada para correção dos efeitos assimétricos internos à Carreira Docente decorrentes do descongelamento.
Como já vem sendo hábito, o Ministério apresentou ao SNPL uma proposta puramente economicista, escudando-se atrás dos problemas financeiros do país, muitos deles criados pelo seu próprio Governo, para continuar a manter a postura de não contabilizar o período de tempo que os professores efetivamente trabalharam.
Tentando aliciar os sindicatos com a possível abolição temporária das vagas de acesso aos 5º e 7º escalões e a recuperação de um ano de tempo de serviço, o ME espera chegar a um acordo, impossível de atingir, pois a não contagem integral do tempo de serviço correspondente ao congelamento é inaceitável porquanto não se pode negociar o tempo de serviço já prestado.
Existe desigualdade de tratamento, entre a classe docente e as restantes classes profissionais, dado que alguns vêm o tempo de serviço contado integralmente enquanto ao pessoal docente o Governo tenta dar “migalhas”.
Considera o SNPL que as “migalhas” dão-se aos pássaros, não para quem tem vindo a pagar milhares de milhões de euros em impostos para a recuperação do país.
Deverão existir mais duas reuniões para discussão do tema em apreço.
Não resta alternativa ao SNPL senão continuar a lutar pelo direito da contagem integral do tempo de serviço, até às últimas consequências.
Lisboa, 6 de abril de 2023
A Direção Nacional
