O Sindicato Nacional dos Professores Licenciados (SNPL) informa todos os seus associados e docentes em geral que vai aderir à Greve Geral dos funcionários da Administração Pública agendada para o dia 08 de Novembro de 2013 pela Frente Sindical, estrutura da qual faz parte.
O SNPL está frontalmente contra a redução salarial, contesta a aposentação a partir dos 66 anos (os professores têm uma profissão de desgaste rápido e é impensável, passe a expressão, ter “docentes de bengala” a lidar com 30 ou mais alunos), não concorda com os cortes nas pensões dos professores aposentados, bem como nas pensões de viuvez, e contesta o plano de convergência, por não ser justo e ser, inclusivamente, inconstitucional, motivo pelo qual será apresentada uma queixa no respectivo Tribunal.
Eleger os trabalhadores da Administração Pública e os aposentados para pagar a crise é intolerável. O SNPL não pode aceitar, entre outras medidas previstas, o novo corte nas remunerações entre 2,5 e 12%, o corte de 10% nas pensões actuais e futuras, o despedimento de professores com “a máscara” da requalificação e o alargamento do horário de trabalho das 35 para as 40 horas.
O Governo, através dos seus representantes, quer do Ministério da Educação e da Ciência, quer da Administração Pública, em sucessivas reuniões mantidas com o SNPL e outras estruturas sindicais, prometeu, em várias ocasiões, não cortar subsídios nem reduzir salários e, também, que não iria despedir funcionários públicos, entre os quais se enquadram os docentes. Além disso, sempre nos foi dito que a mobilidade especial não seria aplicada aos professores, bem como que não se procederia ao aumento do horário de trabalho. Tais promessas foram simplesmente ignoradas, como é, aliás, público.
Perante uma situação social que já é insuportável, a verdade é que o Governo tem respondido, nas reuniões com as estruturas sindicais, com intransigência e com uma política do “antes quebrar que torcer”, posição esta que o SNPL não pode de forma alguma aceitar.
O SNPL, tal como os restantes sindicatos que integram a Frente Sindical, considera que este é o pior momento desde o 25 de abril de 1974 para todos os trabalhadores da Função Pública, entre os quais os docentes.
NO DIA 8 DE NOVEMBRO DE 2013 VAMOS MOSTRAR QUE OS PROFESSORES NÃO CONCORDAM COM ESTA POLÍTICA E QUE QUEREMOS SER TRATADOS COM O RESPEITO QUE MERECEMOS!
Lisboa, 17.10.2013
A Direcção do SNPL