Todos nós sabemos que a educação é sempre protagonista na lista de prioridades de qualquer Governo que se preze.
Aliás, é certo e sabido que um país que investe na educação está a garantir um futuro melhor e mais sólido.
As promessas, inundam os programas eleitorais, mas por norma, não passam disso mesmo, meras promessas.
A isto, os professores já estão habituados.
“Deixem-nos ser professores” é o único apelo de uma classe que assiste à desvalorização da figura do professor junto da sociedade, figura essa, outrora, querida, acarinhada, um ícone.
“Deixem-nos ser professores…”, esse é o murmúrio que se ouve nos corredores, na sala de aula, em casa e os alunos, mais ou menos indisciplinados, lá vão permitindo que o sejam.
O importante é não desistir, lecionar o programa a “tempo e a horas” e nas entrelinhas tentar sensibilizar os alunos para os valores humanos, éticos, culturais e cívicos, numa “guerra” considerada por muitos, como inglória e fadada ao fracasso, mas mesmo assim, não desistindo de a travar.
Esta é uma realidade a que o professor já se habituou!
Mas, tal como em qualquer “guerra” travada, surgem cada vez mais “novas armas” e “movimentações estratégicas” para impedir a classe de “serem professores”.
Estas aparecerem sob a forma de queixas, na sua maioria, sem quaisquer fundamentos, por parte dos Encarregados de Educação, sobre as mais absurdas ocorrências, ao que a Direção se vê obrigada a dar provimento e a solicitar explicações aos docentes.
Se é verdade que tanto os Encarregados de Educação, como os alunos têm todo o direito de se fazerem “ouvir”, também é verdade que muitas destas queixas não passam de meros “atos de terrorismo”, resultantes de uma falta de civismo atroz, a fim de criarem nos professores uma pressão psicológica insustentável.
Cada vez mais existe o “fantasma” do processo de averiguações, o processo disciplinar, o manchar de uma carreira incólume.
A ansiedade que se instala, o tempo perdido a refutar tais queixas sem fundamento, a permanente destabilização emocional, cobra o “preço” elevado da Baixa Médica para aqueles que apenas querem “ser professores”.
Preocupado com o escalar desta “violência psicológica”, o SNPL está reunir com os órgãos competentes, no sentido de se olhar mais para o trabalho desenvolvido pelos professores em prol dos seus alunos e não de se olhar para estes como se “inimigos” se tratassem.
Com a nossa ajuda, os professores voltarão a ser “professores”.
21 de Fevereiro de 2013
A Direção Nacional